All you need is Love

Mikaela Övén - Mama Mia: Parentalidade Consciente e Mindfulness

@mamamiaparentalidade

Tudo que necessitamos é amor. E é amor que estamos constantemente à procura. Com tudo o que fazemos. "Ama-me! Ama-me como sou!!!" não é explicitamente dito mas comunicado das mais variadas formas. E quando não sentimos que estamos a receber esse amor às vezes inventamos (inconscientemente) formas loucas para tentar preencher o buraco dentro de nós. Quanto maior o buraco, maior a loucura.

Os teu filho quando faz aquela birra abismal no supermercado, o teu companheiro quando te manda um berro, a tua mãe quando te reprime, a pessoa que faz comentários julgadores sobre ti nas redes sociais, a pessoa que apita persistentemente no transito, o homem que decide detonar uma bomba no meio da multidão, tu e eu quando fazemos coisas que sabemos que não ”deveríamos” fazer- estamos todos a procura da mesma coisa. Do Amor. Só que muitas vezes quando andamos nessa busca… confundimos o amor com a razão. E ter razão transforma-se no objetivo maior… para o teu filho quando faz a birra, para o teu companheiro quando berra, para a tua mãe quando te reprime, para a pessoa que discute nas redes sociais, para a pessoa no trânsito, para o homem suicida e para ti e para mim….

Só que ter razão não preenche buraco nenhum. A busca de ter razão cria um buraco ainda maior, uma ilusão ainda maior sobre a importância de ter razão e uma luta ainda maior. E se continuarmos a atacar os outros, para ter razão e para criar uma falsa sensação de controlo vai doer muito. Vamos sentir cada vez mais separação. Vamos viver uma vida com muito sofrimento... Tudo só porque no fundo queremos ser amados, tal como somos, e não sabemos bem como dizer apenas isso. 

Às vezes tenho de conversar com o meu ego (cujo objetivo por norma é ter razão- e muita). Quando os meus filhos não querem colaborar comigo, quando recebo e-mails de pessoas que tornaram numa missão convencer-me disto ou daquilo, quando ouço notícias sobre atentados terroristas. Nesses momentos procuro fazer uma pausa e lembro-me de um pequeno mantra:

A vida não é pessoal, não é permanente e não é perfeita.

E faço três perguntas:

Será que estou a tornar esta situação/este pensamento/esta experiência pessoal?

Será que estou a lidar com esta situação/este pensamento/esta experiência como se fosse permanente?

Será que estou a acreditar que existe uma forma perfeita para esta situação/este pensamento/esta experiência?

E como por magia (é mesmo verdade!) este pequeno exercício faz me voltar ao que está aqui e agora, faz-me relaxar e reconectar-me comigo mesma. Ganho clareza e vejo que nada é pessoal, nada é permanente e nada é perfeito. E que como qualquer outra pessoa, só quero ser amada.

A vida não é pessoal, não é permanente e não é perfeita, mas spode ser mesmo mágica e all you need is Love. 

Com muito amor, até já!

Mikaela Oven