Colégio-Escola Arcoverde

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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Tertúlia Xamânica II - O Teste

A imagem pode conter: nuvem, céu e texto

É O TESTE ...LIBERA SUA BATALHA

Vento forte que antecipa o temporal
Me superando a cada dia, numa luta sem final
É o caminho do guerreiro, ideia quente de 1000 grau
Sinta a energia do intento ancestral

Gentil e paciente, sagaz e implacável
Princípios da espreita, te tornando impecável
Sem autoimportância ou autopiedade
Fluindo com o Espírito, fortalecendo sua vontade

Levo na alma as cicatrizes das batalhas
Já te disse: a vida cobra e não te permite viver na falha
Minha rima forte seu ego estraçalha
Afinal, você vai ser um guerreiro ou um canalha?

Eles dizem que não dá, pra vc deixar pra lá
Velhos impõe leis e eu tenho que aceitar?
Aqui é diferente, todo mundo sabe pensar
Fazemos nossa cabeça e limpamos nosso olhar

Um dia eu tive pena de mim mesmo
Um dia eu também andei a esmo
Se hoje eu escrevo, é como forma de gratidão
Estamos na luta, trilhando nosso caminho com coração

É o teste
Irmão, libera sua batalha
É o teste
Chama no peito, que é a sua cara

Espiritual e material são 2 lados da mesma moeda
Vamos parceiro, se levante dessa queda
Lute para se conectar com o Espírito e pagar o aluguel
Sem ilusões, aqui pode ser o inferno e o céu

Aqui o papo é reto e a conversa não faz curva
Lavo a jato a sua visão distorcida e turva
Somos guerreiros modernos em um mundo em ebulição
Nos conectando ao infinito e trazendo junto os irmãos

Já falava um velho xamã sobre os mistérios do nagual
Que o homem é a soma do seu poder pessoal
Quem um guerreiro impecável sempre luta até o final
Com um intento inflexível e uma sobriedade passional

Sem rabo preso ou assunto pendente
Nem pior nem melhor, apenas diferente
Entrando na sua mente e quebrando as correntes
Plantando a semente e seguindo em frente

Olho para o céu e vejo augúrios e sinais
Donos do poder tratam as pessoas como animais
Inventaram uma realidade que nos aprisiona cada vez mais
Eu to pronto pra guerra, apesar de lutar pela paz

É o teste
Irmão, libera sua batalha
É o teste
Chama no peito, que é a sua cara

Domingão vou a praia, dar 2 e olhar o mar
O oceano me acalma e me ajuda a pensar
As vezes me pergunto aonde tudo isso vai parar
A vida é um desafio, e só nos resta lutar

Toca o barco e segue em frente
Dando seu melhor e maturando sua mente
Fazendo o melhor uso da sua energia
Vivendo em harmonia e lutando com alegria

Ninguem é mais que ninguem, presta atenção
Aqui quem fala é só mais um irmão
Eu tô que nem você maluco, solto no mundão
O caminho é solitário, mas pode ter união

Nossas vidas devem ser cheias até a borda
Vamos juntar a tribo e dessa vez fazer diferente
Fica frio, parceiro...aqui ninguém vai roer a corda
O intento é impecável, e cada vez mais potente.

Texto e Imagem by: Juan Tuma

quinta-feira, 21 de junho de 2018

SEM COMPROMISSO COM A CONTINUIDADE

 "
- Seu senso de continuidade, de tempo, só o torna tímido - disse Don Juan. E continuou:

- Nesses termos, seu atos não podem ter o discernimento, o poder e a força compulsiva que tem os atos de um homem que sabe que está travando sua última batalha na terra. Em outras palavras, sua continuidade não o torna feliz nem poderoso, só o torna tímido.

- E é tão terrível assim ser um homem tímido?

- perguntei à Don Juan.

- Não. Não é se você é um imortal e vai viver para sempre, mas, se você vai morrer, não há tempo para timidez, simplesmente porque esta o leva a agarrar-se a alguma coisa que só existe em sua imaginação. 

Carlos Castañeda, "Viagem a Ixtlan"

sábado, 28 de abril de 2018

Onde encontrar felicidade

Where To Find Happiness

A lot of our unhappiness comes from the feeling of not belonging. But even when we’re accepted, we don’t necessarily belong. True happiness has to come from outside of the desire to belong.

There is happiness in silence and solitude. There is happiness in being thankful for what you have. There is happiness in relationship with God. This isn’t always easy to see. And for those who aren’t used to it, it’s not easy to understand.

Most of our happiness comes from within. This is especially true after our material needs have been met. If you have everything you need but you’re still unhappy, the unhappiness is likely from a lack of appreciation for what you have and for what’s available to you.

This lack of appreciation comes mainly from a lack of recognition. Most of the time we don’t recognize how fortune we are, because we’re so used to having everything we need.

Learn to appreciate what you have. Learn to live with less and still be happy. And follow your heart. Not your emotions, but what you know in your heart of hearts is the right thing for you.



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quarta-feira, 25 de abril de 2018

Psique, Emoções e a Física Quântica

consciencia

Psique, Emoções e a Física Quântica
6 DE MARÇO DE 2018 POR YANRAM


Se o Universo é composto de determinada potência ou intensidade de fluxo energético, então me baseio na física quântica para explicar que a troca de canais se dá através de alterações na densidade do meio interno cerebral e da qualidade e frequência da energia psíquica. Logo penso que essa forma de energia com que está investido o sistema psíquico, tem uma qualidade, é “fluídica” e instável e não tem uma expressão conhecida na zona de densidade, onde são realizadas as pesquisas, e não pode ser alcançada pelos nossos aparelhos detectores de fenômenos físicos. A neurociência sempre desejou ardentemente palpar a energia psíquica, desvendá-la,  mesmo que isso tenha sido possível até aqui.

Existem diferentes níveis energéticos e a cada um corresponde uma densidade diversa, nossa mente pode ser capaz de variar seu nível de percepção em função da densidade e de características do seu potencial energético total. Contudo, creio que neste sistema existe um fator qualitativo altamente diferenciado e muito mais importante no resultado dos fenômenos psíquicos que o quantitativo. Esse fator provavelmente determina a frequência do sistema, como sendo o principal, a forma energética da qual está investido nosso psiquismo e que possui uma qualidade amplamente variável que possivelmente relaciona-se à subjetividade, àquilo que denominamos emoção. O nível de agregação das partículas nesse sistema deve ser bastante baixo, por esta razão talvez ciência não o alcance. Dentro do modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, podemos supor que há várias órbitas possíveis e creio isso seja determinado pelo fator qualitativo. Essa também pode ser a razão da amplitude de campo psíquico humano e suas possibilidades de conexão. Uma energia suficiente para a inteligência humana não poderia mesmo ter menor potencial, nem distribuição mais restrita. Proponho ainda que, as alterações no campo eletromagnético humano podem ser rudimentos da prova concreta destas alterações de densidade e potência contínuas que acompanham o fluxo energético mental.

Nossa mente é um sistema de energia que se liga tanto ao exterior, através dos cinco sentidos, quanto ao interior através das emoções e da memória. Os cinco sentidos que conhecemos dizem respeito à captação dos fenômenos físicos relativos à densidade que os constitui biologicamente. É um corpo que convive com estímulos energéticos provenientes de outros corpos, vivos e inanimados. Além desses, devem existir sentidos capazes de captar impressões internas e, as externas produzidas por fenômenos que pertençam a um nível mais sutil que o concreto. O único sentido especial em que posso pensar é a emoção, de acordo com a programação fisiológica. O estado de sono permite a reorganização autodeterminada do fluxo, com a liberação de catexias investidas durante a vigília. Cada imagem mnêmica e seus registros sensoriais herdarão um pouco dessas catexias, que se tornarão quiescentes, o restante será transformado em energia livre, pois o sono e o inconsciente não são reprimido como quando estamos acordados.

“OBS: Catexias (do alemão besetzung; em inglês cathexis) é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada à representação mental de uma pessoa, ideia ou coisa ou investida nesses mesmos conceitos”.

As catexias passam ao pré-consciente, ou o nível mais superficial e aí a influência de uma mente sobre outra pode ocorrer e está presente nos fenômenos ditos telepáticos; diríamos que nosso aparelho receptor, além de imagens externas e internas, capta outras, geradas num psiquismo alheio, através da empatia. Isso tudo se dará num nível de fenômenos energéticos que recém começamos a desvendar. Digo que a emoção é a forma básica de energia mental do homem e aquela que maior amplitude apresenta na distribuição de suas partículas subatômicas, tanto que não a detectamos, pois estamos procurando numa proximidade excessiva. Penso, que foi ela quem nos deu este privilegiado avanço de inteligência e que, é também ela quem nos pode conectar uns aos outros através do que denomino interpenetração de campos psíquicos. Outra característica desta qualidade energética é a propriedade de influir nos processos biológicos. Um sentido, pois é o sistema receptor dos estímulos que nos chegam desde estas três direções: externo, interno, alheio, conforme disse antes, sendo que o alheio é acessado tanto pela via interna quanto externa.

Coloquei a emoção na qualidade energética de um sentido pois tal como os demais, caracteriza um sistema. Sentido que é especialmente desenvolvido no homem, e que o torna uma inteligência criativa pela amplitude da sua via qualitativa. O sistema todo é infinito, só as vias de percepção interna são incontáveis, as da emoção, as somáticas, as de percepção externa e todas elas interligadas em todas as possibilidades, como as combinações numéricas, constroem um sistema que a racionalidade não alcança. É necessária uma compreensão à nível inconsciente, um evento inteligente que não pertence à consciência e ao processo secundário. Uma forma de compreensão que se dá por vias diferentes daquelas usadas no raciocínio lógico.

Apresento a emoção como um sentido pertencente a um sistema inteligente que torna o homem mais forte e ao mesmo tempo mais vulnerável, dependendo da qualidade dos afetos que predomine dentro de cada um; qualidades que determinam percepções de prazer e desprazer. A emoção é simplesmente uma energia e sua qualidade é potencial. As formas que assumirá dependerão basicamente das relações entre as partes de um vínculo, o que conhecemos por “relação objetal”, e das estimulações somáticas capazes de atingir esse nível sensorial. A equanimidade, conforme denomina o Budismo, seria a emoção em seu estado puro, apenas potencial. O conceito de inconsciente inteligente parece uma constatação inevitável, uma vez que conheçamos a natureza da energia psíquica. A maior parte da mente, que é inconsciente, pertence ao universo que está fora da densidade relativa e, portanto, livre dos princípios da física Newtoniana. Sugiro o uso dos conhecimentos desta nova física, pós relatividade, e das antigas escolas esotéricas, bem como das tradições religiosas e filosóficas do ocidente e do oriente, no estudo da mente humana, seu controle e a forma como age no corpo criando saúde ou enfermidade, além das possibilidades de expansão, o estudo das teorias e Carl Jung sobre o inconsciente coletivo também se fazem indispensáveis.

Obs: Equanimidade – “significa serenidade de espírito. É um estado natural e relaxado, a capacidade de experimentar de maneira estável as diferentes situações do mundo físico, das sensações, da mente e dos fenômenos. É caracterizada pela profunda tranquilidade, completamente livre de oscilações. ”

Finalmente, ficamos inclinados a pensar que as razões da ética se situam no campo da física e do fenômeno físico-emoção. A razão última de agirmos eticamente é o fato de termos emoções, e elas poderem se propagar na forma de energia, atingindo as associações humanas de forma crescente, até a humanidade como um todo. Estou usando a “Teoria de Campos” de Michael Faraday e James Clarck Maxwell, e a prova matemática conhecida por “Teorema de Bell”, para inspirar minhas hipóteses. Trata-se de influência de uma força sobre outra, dentro do estudo do electromagnetismo e do fenômeno denominado coerência supra liminar.

A emoção é a consciência diferenciada do homem, é ela quem ativa o sistema? Um cérebro pode existir até mesmo dissociado de um corpo, em um laboratório, mas uma consciência envolve reconhecer-se como um ser e também perceber a existência de outros. Essa consciência só se desenvolve a partir da emoção. Só quando sente que se relaciona com outros seres humanos e por eles desenvolve afetos, alguém passa a existir como consciência, antes disso existe apenas a vida animal. O cérebro nesse caso, é capaz de manter o corpo funcionando e de ter algumas reações instintivas básicas, mas só à partir do desenvolvimento do amplo e especial sentido que é a emoção, a consciência pode despertar do biológico.

A emoção é a representação mais básica que conhecemos de um processo inteligente não consciente, ou seja, que usa o processo primário, e pertence a um reino onde não existe o eu sou, nem lá, nem quando, nem como, nem se….Uma compreensão sem palavras, prévia ao pensamento lógico, um sentir inteligente. O conceito de consciência aqui empregado é aquele comumente usados pela psicanálise, com três níveis propostos na hipótese topográfica de Freud, que foi, como ele mesmo deixou claro, uma divisão feita com fins didáticos.

Quando nascemos somos um potencial, o que equivale a “no começo era o id” e possivelmente se relacione a “no começo era o verbo”, ou a ação, mas não há ainda uma autoconsciência. A educação nos torna humanos, nos distingue dos outros animais. Somos dotados de um potencial energético suficiente para o surgimento da emoção e da inteligência, através da propriedade ampliada da autoconsciência. Apenas em potencial somos humanos ao nascermos. Nossas vidas determinarão o que chegaremos a ser, que emoções nos conduzirão ao que.

A existência de um tipo especial de comunicação entre humanos adquire importância quando pensamos que não a conhecemos e nem seus efeitos. Sempre que se desconhece algo, perde-se oportunidades. Talvez pudéssemos prevenir algumas coisas e incentivar outras se tivéssemos um maior domínio destes. As profissões que usam esse meio de contato, não desconhecem a toxicidade de sua tarefa. Trabalhar assim tem algo de muito exaustivo, que chega a ser sentido fisicamente. A medicina dita primitiva usa o método de acessar o inconsciente para diagnosticar e tratar seus doentes. Não desconhece o poder da fantasia sobre a saúde, nem desconhece a toxicidade de um psiquismo em desordem, assim os curadores antigos são instruídos e preparados para uma tarefa perigosa, para a qual utilizam-se de rituais. Esses nada mais são que traduções simbólicas, linguagem metafórica tal como ocorre no que denominamos inconsciente. Esta prática considera o grupo e não apenas o paciente, para fins de tratamento, o que revela conhecimento sobre a dispersão da energia psíquica sob forma de fantasia inconsciente, resultando na interpenetração de campos psíquicos e suas potencialidades.

Quando prestamos atenção a esta intuição humana acerca de si próprio, fica a pergunta: não há uma forma de toxicidade nas relações humanas em geral? Nós sabemos que a saúde mental depende essencialmente da qualidade dos vínculos, e tal como os médicos primitivos, não desconhecemos a importância de se trabalhar com o grupo familiar e ainda, o quanto o adoecer costuma ser algo que se dá dentro de relações humanas. Entre pessoas de uma mesma família o contato é íntimo, de forma que as fantasias estão entrelaçadas, os códigos são semelhantes, a herança inconsciente é compartilhada. Não podemos esquecer que esses anciões primitivos trabalhavam na tribo que não deixava de ser uma grande família, um erro comum ao analisarmos rituais primitivos com práticas pós-modernas onde as pessoas não necessariamente são do mesmo vinculo “sócio parental” muito menos carregam a mesma carga genética.

Voltando ao assunto, essa ligação é ainda mais visível na relação mãe e filho, especialmente na infância. Para além do que a mãe diga ou de como seja seu comportamento aparente, a criança sabe como a mãe se sente e identifica-se com isso, reproduz em seu comportamento as fantasias maternas, parecendo captá-las e torná-las suas. Nosso inconsciente é o reino da fantasia, dos desejos ou temores traduzidos em pensamentos e imagens que se refletem na consciência, a tal ponto que podemos de alguma forma dizer que somos as nossas fantasias já que o conceito de realidade é bem abstrato. E quando elas são comunicadas de um psiquismo a outro denominamos o processo “transmissão entre inconscientes”, quando se pode ter consciência do processo trata-se de “comunicação empática”.

Não há caminhos fáceis para o homem quando se trata de conhecer a si mesmo, pois há muitas imagens violentas e desagregadoras, vividas com a qualidade sensitiva do real quando são conectadas, que jazem em nosso universo interior. Por isso mesmo se postula terapêutico um aprendizado, de modificação de clichês, ratificando o que há de saudável em nós e reduzindo a força daquilo que, pertencendo a nós mesmos, pode nos aniquilar. Existem muitos caminhos de autoconhecimento, em geral conhecemos melhor aqueles vindos da sabedoria oriental. Nesses processos sempre há mestres e discípulos e um longo caminho a ser percorrido, tal como no treinamento dos curadores primitivos, que intuíram essa constituição psíquica humana. Na atualidade podemos perceber que há muitas pessoas buscam este tipo de conhecimento e a sua a pressa nos resultados.

Particularmente, não acredito em meios fáceis para se ampliar a própria consciência e o nível de saúde mental. Muita seriedade é necessária quando se trata de oferecer meios de acesso ao inconsciente que não sejam aqueles guiados pela própria intuição, o sentido de si próprio no nível subjetivo do termo.

Há muito de arte em analisar a si próprio, pois há muito de fantasia, estética e sensibilidade. És uma figura gigantesca, cheia de nuances e de possibilidades. Muitos são seus caminhos internos e seus desvios, suas luzes e sombras se refletem sobre seu corpo, seu comportamento, sua capacidade, sua energia. Alguém, para tratar de outro, precisa conhecer um oceano e pretender entendê-lo, ouvir sua voz, saber de que precisa, que males o afligem, e para isto a objetividade não basta, é necessário lançar mão de algo mais…

Somos um pouco do que somos, já antes de nascer: a síntese da herança de nossos ancestrais humanos e pré-humanos, escolhida pelas múltiplas possibilidades da genética, determina uma combinação única que é o nosso centro, o miolo do ser e a isso vai-se sobrepondo a experiência externa, em especial a interação com outros seres.

~~*~~

Texto e imagem by:

quinta-feira, 18 de maio de 2017

A Arte de "ver" zen

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O mundo actual é muito visual. 


Somos continuamente bombardeados por imagens e os nossos olhos estão sempre a ser aliciados. 

Mas se temos muito o que olhar, talvez tenhamos desaprendido a “ver”. 

E talvez ver seja cada vez mais importante numa era em que a tecnologia parece conspirar para olhar, pensar, sentir e experienciar por nós. 

Tornamo-nos espetadores, aprendemos a rotular as coisas. 

Reconhecemos as coisas, mas não as vemos.

Ao olhar, ao rotular, percebo o que é útil, agradável e o que é desagradável, o que me ameaça, a mim, este eu. 

Quando vejo, apenas vejo, sou os olhos, esqueço-me por instantes deste eu sempre presente. 

Mergulho na realidade, faço parte dela, participo dela. 

Ao verdadeiramente ver, não rotulo, não escolho.

A Arte é um dos médiuns que nos permite realmente ver, 


ver cada vez mais profunda e intensamente.



The eye with wich I see God is the same eye with wich God sees me.
Meister Eckhart


O olho com o qual eu vejo Deus 
é o mesmo olho com o qual Deus me vê. 
Meister Eckhart





imagem e texto by: https://artezenpt.wordpress.com/arte-e-zen/

imagem de grafite em avenida de São Paulo by: https://www.google.com.br/search?q

Sexo Quântico - Hélio Couto

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O renomado físico Amit Goswami, em seu último livro, “O Ativista Quântico”, na página 165, analisando o sexo e a nova física, declara que não está criando o sexo quântico.

Ele tem o seu trabalho e eu tenho o meu.

A questão sexual é fundamental para a solução de todos os problemas deste planeta.

Temos mais de 1 bilhão de pessoas vivendo com pouquíssimos dólares por dia e outros 6 bilhões parados no segundo degrau da escala de Maslow. 

Aqueles estão no primeiro degrau, da sobrevivência pessoal. Estes da sobrevivência da espécie. 

E daí não sai até que os relacionamentos evoluam para o amor incondicional.

Será que o sexo pode levar a um salto quântico consciencial?

Será que o sexo pode levar a fazer amor e não sexo?

Como ter uma hierarquia entrelaçada nos relacionamentos?

O sexo pode levar ao amor incondicional?

O sexo pode deixar de ser uma compulsão e passar a ser amor?

Todas essas questões podem ter uma resposta positiva dependendo da atitude de cada pessoa. Tudo isso é possível.

Em última instância sexo é transmissão de energia e informação.

Fazemos sexo dependendo da informação que recebemos na infância. Mudando essa informação muda toda a nossa forma de abordar a questão.

É possível transferir informação de um estado em que tudo isso foi resolvido. Em que foi dado o salto de consciência, em que o amor passou a ser a primazia, em que se faz amor, em que há amor incondicional, em que há escolha, em que duas centelhas divinas fazem amor. 

Já existe essa Informação.

Essa informação provocará uma mudança profunda na visão de mundo e permitirá o salto evolutivo da espécie.

Tudo que diz respeito à questão sexual pode ser melhorado e potencializado.

A qualidade da relação sexual então é outra. Tudo muda. Desde a forma de fazer até a qualidade dos sentimentos envolvidos. 

O amor permeia todo o relacionamento. O sexo atinge níveis de êxtase nunca antes pensados.

Cada um escolhe o nível de realização sexual que deseja. As infinitas possibilidades estão em aberto. A Informação está disponível para quem quer evoluir.

Ela é a diferença entre um chimpanzé e um Buda fazendo amor.

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quinta-feira, 4 de maio de 2017

The drop & the ocean - A gota & O oceano

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"Uma gota de chuva caiu de uma nuvem de primavera e, vendo a grande extensão do mar, sentiu vergonha.
Onde está o mar e onde estou eu?, refletiu. 
Comparada com ele, na verdade, eu não existo.
Enquanto se julgava assim, com desdém, uma ostra a tomou em seu regaço e o Destino lhe deu forma em sua trajetória, de maneira que uma gota de chuva se converteu, finalmente, em uma famosa pérola real. Foi exaltada porque foi humilde. 
Chamando à porta da extinção, tornou-se existente.."





As feridas emocionais se propagam 

através dos laços familiares

As feridas emocionais se estendem através dos laços familiares de forma quase implacável. São como uma sombra que se camufla nas palavras, no modelo educacional, nos silêncios, nos olhares e nos vazios. Até que alguém maduro e consciente detém o processo para dizer basta e fugir dessa teia de aranha.
Todos nós, em algum momento de nossas vidas, já lançamos uma pedra na superfície de um lago ou um rio. Imediatamente, quando esta cai e afunda, é gerada uma perturbação. As partículas de água variam a sua posição inicial e desenha-se na superfície o que se conhece como frentes de ondas.
Cada um tem a sua história, cada um sabe quanto lhe doem as suas feridas, seus vazios, seus cantos quebrados…
Se o impacto foi muito forte, serão geradas muitas ondas. São como o eco de um grito silenciado, como a própria metáfora de uma ferida emocional, a mesma que impacta sobre o membro de uma família para depois se estampar no restante das gerações com maior ou menor intensidade.
Foi Oscar Wilde quem uma vez disse que poucas esferas eram mais misteriosas e herméticas do que as famílias. Trancados no isolamento dos próprios lares, quase ninguém sabe com plena ciência o que acontece entre essas quatro paredes onde uma ou duas gerações de pessoas compartilham um espaço em comum e os mesmos códigos.
As feridas de uns impactam sobre os outros como ondas invisíveis, como fios que movem fantoches e como ondas carregadas de raiva que corroem as rochas das praias. Então, vamos falar de uma coisa complexa, dolorosa, e às vezes dilacerante.
A íntima arquitetura das feridas emocionais
menina-triste
Quando falamos da origem dessas feridas emocionais que são transmitidas ao longo dos laços familiares é comum pensar em fatos como abusos sexuais, violência física ou a perda traumática de um ser querido. De forma semelhante, também não podemos descuidar dos conflitos bélicos e do impacto que, por exemplo, terão todas as crianças refugiadas que a sociedade está descuidando nos limites de nossas fronteiras.
Contudo, mais além destas dimensões já bem conhecidas de todos, também se abrem “lacerações” emocionais causadas por outras dinâmica, por outros processos talvez muito mais comuns que as apontadas anteriormente.
Ter crescido sob uma criação baseada no apego inseguro ou em um contexto baseado na contenção emocional gera, sem dúvida, diversas feridas e inclusive transtornos emocionais.
Fazer parte de uma família onde a ira sempre está presente é outro responsável. São contextos onde abundam os gritos, as censuras entre os seus membros, a toxicidade emocional, o desprezo e a desvalorização constante.
Outro aspecto que pode ocasionar um grande impacto no seio de uma família é o fato da mãe ou o pai viver mergulhado em uma depressão crônica e não tratada. A impotência, os códigos de comunicação e as dinâmicas estabelecidas entre pais e filhos deixam marcas permanentes.

“As feridas emocionais são o preço que todos temos que pagar para sermos independentes.”

-Haruki Murakami-
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Os traumas e a epigenética
Conrad Hal Waddington foi um biólogo do desenvolvimento, geneticista e embriologista que criou um termo tão interessante quanto impactante. Falamos da epigenética, a ciência que se encarrega de estudar o conjunto de processos químicos que modifica o DNA sem alterar a sua sequência, e onde os traumas têm, sem dúvida, uma grande importância. Por exemplo:
Sabe-se que quando uma criança está rodeada de um entorno de confusão, caos emocional e vulnerabilidade, experimenta níveis exorbitantes de estresse.
Imediatamente, seus mecanismos cerebrais, endócrinos e imunológicos reagirão para encontrar um necessário equilíbrio, mas a longo prazo, ficarão saturados até desenvolver sérios efeitos secundários implacáveis: aumento do cortisol no sangue, taquicardia, enxaquecas, dermatite e até asma.
Sabe-se, por exemplo, que a expressão do genoma, isto é, o fenótipo, mudará segundo as experiências estabelecidas com o ambiente (nutrição, hábitos, estresse, depressão, medos…)
Desta forma, todas estas mudanças epigenéticas irão se refletir também nas novas gerações, a ponto do trauma pontual em uma pessoa afetar até 4 gerações posteriores.

As feridas emocionais e a sua abordagem
Já ouvimos falar que a dor faz parte da vida, que o sofrimento nos ensina e que é preciso perdoar para avançar. Na verdade, todas estas ideias têm importantes nuances que é preciso detalhar e inclusive reinterpretar.
Vejamos alguns aspectos em detalhe.
Não é preciso sofrer para aprender; de fato, o verdadeiro aprendizado nos é dado pela verdadeira felicidade. É ela quem coloca os fundamentos de um apropriado equilíbrio emocional, e ela também que nos coloca em contato com aquilo que realmente é significativo para nós. É por essas coisas que vale a pena lutar.
Não deixe que as suas feridas transformem você em alguma coisa que VOCÊ NÃO É.
Por outro lado, perdoar é uma opção, mas nunca uma obrigação. A reconciliação mais importante que teremos que realizar é com nós mesmos. Uma ferida emocional nos transforma em uma coisa que não nos agrada: em alguém que sofre, que se enxerga como frágil, pouco habilidoso, em alguém cheio de ira e rancor e que ainda é prisioneiro de quem o prejudicou. Devemos aprender a nos curar, a reconciliar-nos com nosso ser ferido para fortalecê-lo, cuidá-lo e atendê-lo…

crianca-sonhando-com-familia
Por fim, e não menos importante, é preciso dispor de estratégias adequadas e protocolos para detectar logo cedo as feridas emocionais das crianças. As escolas deveriam disponibilizar mecanismos práticos para detectar o quanto antes esses hermetismos ou essas condutas desafiadoras que com frequência escondem dinâmicas familiares problemáticas ou disfuncionais.
Não podemos esquecer que, apesar de nenhum de nós poder escolher nossos pais ou família em que nascemos, todos temos o pleno direito de ser felizes, de levar uma vida digna e com um adequado equilíbrio psicológico e emocional. Devemos lutar por isso.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A vida by Café Impresso

Resultado de imagem para A Vida é sincronicidade, contingência e liberdade


A vida é marcada por histórias. 

Histórias que acabam e histórias que começam 

– até o fim da vida. 

E todas essas pequenas histórias 

– um dia que termina num poente magnífico, 

uma relação que começa, o almoço, o banho, 

a leitura de um livro, um trabalho 

de que somos subitamente demitidos, 

um amigo que morre, um filho que nasce 

– vão tecendo isso que é a história de uma vida. 

Dia a dia. 

Minuto a minuto até. 

E de tal modo que a totalidade dos fatos passados pesa sobre o fato seguinte, 

sem, no entanto, torná-lo necessário: 

há sempre a possibilidade da descontinuidade 

não como fim natural e previsível, 

mas como desvio imprevisto, 

seja por acidente, seja por um ato 

– pensado ou impensado – do sujeito. 

E, por outro lado, esse ato, como qualquer outro ato, 

pode ter um peso tal 

que espalhe sua influência até pelo passado, 

redimensionando o papel que a totalidade dos fatos 

até então tivera. 

Desse modo, cada ato é influenciado 

por todos os atos anteriores, 

mas também ao somar-se à totalidade, 

a modifica, 

às vezes radicalmente.


A vida está portanto aberta ao milagre e à transformação radical, 

aquela que afeta não só o futuro 

como o passado. 

Estranhamente – isto é, 

de um modo que mistura mistério e beleza – 

nossa liberdade repousa sobre nossa contingência, 

que por sua vez, resulta de nossa finitude. 


Porque somos finitos, somos contingentes 

e porque somos contingentes, somos livres. 


O que nos ocorreria se ainda fôssemos imortais, 

admitindo que a morte é consequência do pecado original? 


Supondo que teríamos a ciência infusa 

que atribuímos aos anjos, 

perceberíamos sem esforço 

a necessidade de todas as coisas 

e nossa liberdade consistiria então na simples adesão 

à verdade, 

sem angústia, sem orgulho 

ou humildade, 

mas com profundo encantamento, 

porque viveríamos numa condição 

em que a coincidência transcendental 

entre verdade, beleza e bondade 

seria uma trivialidade 

que nunca cessaria de nos maravilhar.