Colégio-Escola Arcoverde

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Mehor-yê Lach-me yê Oxóssi e Mahor-yê Lach-me yê Obá

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quinta-feira, 18 de maio de 2017

A Arte de "ver" zen

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O mundo actual é muito visual. 


Somos continuamente bombardeados por imagens e os nossos olhos estão sempre a ser aliciados. 

Mas se temos muito o que olhar, talvez tenhamos desaprendido a “ver”. 

E talvez ver seja cada vez mais importante numa era em que a tecnologia parece conspirar para olhar, pensar, sentir e experienciar por nós. 

Tornamo-nos espetadores, aprendemos a rotular as coisas. 

Reconhecemos as coisas, mas não as vemos.

Ao olhar, ao rotular, percebo o que é útil, agradável e o que é desagradável, o que me ameaça, a mim, este eu. 

Quando vejo, apenas vejo, sou os olhos, esqueço-me por instantes deste eu sempre presente. 

Mergulho na realidade, faço parte dela, participo dela. 

Ao verdadeiramente ver, não rotulo, não escolho.

A Arte é um dos médiuns que nos permite realmente ver, 


ver cada vez mais profunda e intensamente.



The eye with wich I see God is the same eye with wich God sees me.
Meister Eckhart


O olho com o qual eu vejo Deus 
é o mesmo olho com o qual Deus me vê. 
Meister Eckhart





imagem e texto by: https://artezenpt.wordpress.com/arte-e-zen/

imagem de grafite em avenida de São Paulo by: https://www.google.com.br/search?q

Ciência Espiritual - A Flor da Vida / Flower of Life

Sexo Quântico - Hélio Couto

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O renomado físico Amit Goswami, em seu último livro, “O Ativista Quântico”, na página 165, analisando o sexo e a nova física, declara que não está criando o sexo quântico.

Ele tem o seu trabalho e eu tenho o meu.

A questão sexual é fundamental para a solução de todos os problemas deste planeta.

Temos mais de 1 bilhão de pessoas vivendo com pouquíssimos dólares por dia e outros 6 bilhões parados no segundo degrau da escala de Maslow. 

Aqueles estão no primeiro degrau, da sobrevivência pessoal. Estes da sobrevivência da espécie. 

E daí não sai até que os relacionamentos evoluam para o amor incondicional.

Será que o sexo pode levar a um salto quântico consciencial?

Será que o sexo pode levar a fazer amor e não sexo?

Como ter uma hierarquia entrelaçada nos relacionamentos?

O sexo pode levar ao amor incondicional?

O sexo pode deixar de ser uma compulsão e passar a ser amor?

Todas essas questões podem ter uma resposta positiva dependendo da atitude de cada pessoa. Tudo isso é possível.

Em última instância sexo é transmissão de energia e informação.

Fazemos sexo dependendo da informação que recebemos na infância. Mudando essa informação muda toda a nossa forma de abordar a questão.

É possível transferir informação de um estado em que tudo isso foi resolvido. Em que foi dado o salto de consciência, em que o amor passou a ser a primazia, em que se faz amor, em que há amor incondicional, em que há escolha, em que duas centelhas divinas fazem amor. 

Já existe essa Informação.

Essa informação provocará uma mudança profunda na visão de mundo e permitirá o salto evolutivo da espécie.

Tudo que diz respeito à questão sexual pode ser melhorado e potencializado.

A qualidade da relação sexual então é outra. Tudo muda. Desde a forma de fazer até a qualidade dos sentimentos envolvidos. 

O amor permeia todo o relacionamento. O sexo atinge níveis de êxtase nunca antes pensados.

Cada um escolhe o nível de realização sexual que deseja. As infinitas possibilidades estão em aberto. A Informação está disponível para quem quer evoluir.

Ela é a diferença entre um chimpanzé e um Buda fazendo amor.

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Imagens e texto by:

Exatamente como Eu - Mikaela Ovén

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Sabes, acredito mesmo que esta história toda tem coisas importantes para nos ensinar e é um acontecimento que nós está a fazer grandes e determinantes convites.

Um convite a olharmos para o que realmente interessa, um convite à introspeção, um convite à reflexão, um convite à ação.

Um convite a fazermos mais vezes uma pergunta muito importante: 


"O que faria o Amor?" (Durante demasiado tempo temos estado a agir a partir do medo ...)

Um convite a fazer uma pausa e agir em consciência. Nas minhas pequenas ações diárias e tudo que faço na vida.

Um convite a parar de fazer apenas comentários julgadores e entrar mesmo em ação.

Um convite a assumir responsabilidade e de empenhar um papel maior.

Uma coisa que me ajuda muito quando sinto que estou com dificuldade em lidar com alguém ou melhor, o comportamento de alguém, é a prática da compaixão, e da auto-compaixão. 

Isso só não me ajuda a aceitar e encontrar mais paz, como também me ajuda a perceber quais são os meus limites e o que é que eu realmente quero fazer. 

Pois aceitar uma situação e agir com consciência e amor não quer dizer que não vou agir. Não quer dizer que vou concordar e que não vou protestar. Não quer dizer que não me vou empenhar em causas nas quais acredito. 

Quer dizer que quando escolho agir é com consciência e a partir do coração e do amor (no Heartfulness- Enfrente a vida de coração aberto explico mais como se pode fazer).

Partilho contigo uma prática específica que me traz muita paz e tranquilidade, e que me ajuda a agir de uma forma diferente, mais consciente e mais eficaz.


EXATAMENTE COMO EU:

Escolhe uma pessoa que te desafia de alguma forma, se preferires para começar também podes escolher uma pessoa com quem tens uma boa relação.

Senta-te confortavelmente e fecha os olhos. 
Inspira profundamente e expira lentamente.

Vê e sente essa pessoa a tua frente com todos os teus sentidos.

Observa o que está presente em ti quando pensas na pessoa que escolheste.

Mentalmente, com uma voz suave e gentil diz:

(Nome da pessoa) quer ser feliz, 
exatamente como eu.


(Faz uma pequena pausa e respira naturalmente.)

(Nome da pessoa) quer evitar sofrimento na sua vida, 
exatamente como eu.


(Faz uma pequena pausa e respira naturalmente.)

(Nome da pessoa) já sentiu tristeza, desespero, frustração, 
exatamente como eu.


(Faz uma pequena pausa e respira naturalmente.)

(Nome da pessoa) quer satisfazer os seus desejos e as suas necessidades, exatamente como eu.


(Faz uma pequena pausa e respira naturalmente.)

(Nome da pessoa) ama e quer ser amado/a, 
exatamente como eu.


(Faz uma pequena pausa e respira naturalmente.)

Inspira profundamente. E expira lentamente. 
Observa o que está presente em ti. 



Com o coração aberto, até já!








PS A wook.pt ainda está a oferecer o Heartfulness- Enfrente a vida de coração aberto


A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, close-up e atividades ao ar livre


texto de Mikaela Ovén - recebido via e.mail  - https://www.facebook.com/mamamiaparentalidade/?fref=ts


quinta-feira, 4 de maio de 2017

The drop & the ocean - A gota & O oceano

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"Uma gota de chuva caiu de uma nuvem de primavera e, vendo a grande extensão do mar, sentiu vergonha.
Onde está o mar e onde estou eu?, refletiu. 
Comparada com ele, na verdade, eu não existo.
Enquanto se julgava assim, com desdém, uma ostra a tomou em seu regaço e o Destino lhe deu forma em sua trajetória, de maneira que uma gota de chuva se converteu, finalmente, em uma famosa pérola real. Foi exaltada porque foi humilde. 
Chamando à porta da extinção, tornou-se existente.."





As feridas emocionais se propagam 

através dos laços familiares

As feridas emocionais se estendem através dos laços familiares de forma quase implacável. São como uma sombra que se camufla nas palavras, no modelo educacional, nos silêncios, nos olhares e nos vazios. Até que alguém maduro e consciente detém o processo para dizer basta e fugir dessa teia de aranha.
Todos nós, em algum momento de nossas vidas, já lançamos uma pedra na superfície de um lago ou um rio. Imediatamente, quando esta cai e afunda, é gerada uma perturbação. As partículas de água variam a sua posição inicial e desenha-se na superfície o que se conhece como frentes de ondas.
Cada um tem a sua história, cada um sabe quanto lhe doem as suas feridas, seus vazios, seus cantos quebrados…
Se o impacto foi muito forte, serão geradas muitas ondas. São como o eco de um grito silenciado, como a própria metáfora de uma ferida emocional, a mesma que impacta sobre o membro de uma família para depois se estampar no restante das gerações com maior ou menor intensidade.
Foi Oscar Wilde quem uma vez disse que poucas esferas eram mais misteriosas e herméticas do que as famílias. Trancados no isolamento dos próprios lares, quase ninguém sabe com plena ciência o que acontece entre essas quatro paredes onde uma ou duas gerações de pessoas compartilham um espaço em comum e os mesmos códigos.
As feridas de uns impactam sobre os outros como ondas invisíveis, como fios que movem fantoches e como ondas carregadas de raiva que corroem as rochas das praias. Então, vamos falar de uma coisa complexa, dolorosa, e às vezes dilacerante.
A íntima arquitetura das feridas emocionais
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Quando falamos da origem dessas feridas emocionais que são transmitidas ao longo dos laços familiares é comum pensar em fatos como abusos sexuais, violência física ou a perda traumática de um ser querido. De forma semelhante, também não podemos descuidar dos conflitos bélicos e do impacto que, por exemplo, terão todas as crianças refugiadas que a sociedade está descuidando nos limites de nossas fronteiras.
Contudo, mais além destas dimensões já bem conhecidas de todos, também se abrem “lacerações” emocionais causadas por outras dinâmica, por outros processos talvez muito mais comuns que as apontadas anteriormente.
Ter crescido sob uma criação baseada no apego inseguro ou em um contexto baseado na contenção emocional gera, sem dúvida, diversas feridas e inclusive transtornos emocionais.
Fazer parte de uma família onde a ira sempre está presente é outro responsável. São contextos onde abundam os gritos, as censuras entre os seus membros, a toxicidade emocional, o desprezo e a desvalorização constante.
Outro aspecto que pode ocasionar um grande impacto no seio de uma família é o fato da mãe ou o pai viver mergulhado em uma depressão crônica e não tratada. A impotência, os códigos de comunicação e as dinâmicas estabelecidas entre pais e filhos deixam marcas permanentes.

“As feridas emocionais são o preço que todos temos que pagar para sermos independentes.”

-Haruki Murakami-
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Os traumas e a epigenética
Conrad Hal Waddington foi um biólogo do desenvolvimento, geneticista e embriologista que criou um termo tão interessante quanto impactante. Falamos da epigenética, a ciência que se encarrega de estudar o conjunto de processos químicos que modifica o DNA sem alterar a sua sequência, e onde os traumas têm, sem dúvida, uma grande importância. Por exemplo:
Sabe-se que quando uma criança está rodeada de um entorno de confusão, caos emocional e vulnerabilidade, experimenta níveis exorbitantes de estresse.
Imediatamente, seus mecanismos cerebrais, endócrinos e imunológicos reagirão para encontrar um necessário equilíbrio, mas a longo prazo, ficarão saturados até desenvolver sérios efeitos secundários implacáveis: aumento do cortisol no sangue, taquicardia, enxaquecas, dermatite e até asma.
Sabe-se, por exemplo, que a expressão do genoma, isto é, o fenótipo, mudará segundo as experiências estabelecidas com o ambiente (nutrição, hábitos, estresse, depressão, medos…)
Desta forma, todas estas mudanças epigenéticas irão se refletir também nas novas gerações, a ponto do trauma pontual em uma pessoa afetar até 4 gerações posteriores.

As feridas emocionais e a sua abordagem
Já ouvimos falar que a dor faz parte da vida, que o sofrimento nos ensina e que é preciso perdoar para avançar. Na verdade, todas estas ideias têm importantes nuances que é preciso detalhar e inclusive reinterpretar.
Vejamos alguns aspectos em detalhe.
Não é preciso sofrer para aprender; de fato, o verdadeiro aprendizado nos é dado pela verdadeira felicidade. É ela quem coloca os fundamentos de um apropriado equilíbrio emocional, e ela também que nos coloca em contato com aquilo que realmente é significativo para nós. É por essas coisas que vale a pena lutar.
Não deixe que as suas feridas transformem você em alguma coisa que VOCÊ NÃO É.
Por outro lado, perdoar é uma opção, mas nunca uma obrigação. A reconciliação mais importante que teremos que realizar é com nós mesmos. Uma ferida emocional nos transforma em uma coisa que não nos agrada: em alguém que sofre, que se enxerga como frágil, pouco habilidoso, em alguém cheio de ira e rancor e que ainda é prisioneiro de quem o prejudicou. Devemos aprender a nos curar, a reconciliar-nos com nosso ser ferido para fortalecê-lo, cuidá-lo e atendê-lo…

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Por fim, e não menos importante, é preciso dispor de estratégias adequadas e protocolos para detectar logo cedo as feridas emocionais das crianças. As escolas deveriam disponibilizar mecanismos práticos para detectar o quanto antes esses hermetismos ou essas condutas desafiadoras que com frequência escondem dinâmicas familiares problemáticas ou disfuncionais.
Não podemos esquecer que, apesar de nenhum de nós poder escolher nossos pais ou família em que nascemos, todos temos o pleno direito de ser felizes, de levar uma vida digna e com um adequado equilíbrio psicológico e emocional. Devemos lutar por isso.