Colégio-Escola Arcoverde

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Mehor-yê Lach-me yê Oxóssi e Mahor-yê Lach-me yê Obá

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terça-feira, 7 de agosto de 2018

ABC do Xamanismo Tolteca: OS CINCO COMPROMISSOS

Resultado de imagem para os cinco compromissos toltecas


1. Seja impecável com a sua palavra. 
As palavras tem imenso poder e não devem ser usadas de modo leviano. Diga apenas aquilo em que acredita e use corretamente sua energia.

2. Não leve nada para o lado pessoal. 
Quando alguém fala de você, está na realidade expondo a si mesmo. 
Aprenda a se tornar imune às opiniões alheias.

3. Não tire conclusões. 
Atenha-se apenas à realidade imediata e concreta. 
Seja sempre claro e transparente; ignore o que há de nebuloso ou mal explicado.

4. Sempre dê o melhor de si. 
Em qualquer circunstância, faça o melhor que puder.

5. Seja cético, mas aprenda a ouvir. 
Confie em si mesmo e em ninguém mais. 
Aproveite-se da dúvida para questionar tudo o que ouvir.


Don Miguel Ruiz, O quinto compromisso

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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Tertúlia Xamânica I

 Prova de "Loucura Controlada"


O que faremos agora que Carlos já partiu

e Don Juan não se encontra mais entre nós?

Quem somos nós, 

apaixonados seguidores do Caminho do Conhecimento, 

órfãos e desgarrados?

Lá fora a Águia gritou seu assobio fino, grave e sombrio

o que isso pode querer nos dizer?

Será ela o tão esperado Guia (benfeitor)

ou o tão detestado predador? 

Será que assim como a Morte 

Ela nos espreita e nos aguarda?

Carlos partiu.

Don Juan já partiu há muito mais tempo...

Serão eles agora fantasmas 

em Ixtlan?

Ou serão só memórias 

amorosamente guardadas na memória?

Lá fora Águia começou a piar. 

Rindo da minha solidão?

Se ela ri de mim estarei eu no caminho errado?

É muito triste ser assim tão alegre

diante de tais questões. 

Será que ela não tem problemas existenciais? 

Será que ela só tem fome de consciência?

Será a minha, nesse momento, 

petisco ou saboroso almoço?

A Águia fez-me lembrar de algo.

***

Lembrei-me de Genaro! 

O mais lúcido de todos!

Só a visão de fantasmas o entristecia

... e a estupidez humana.

Essa Águia que há pouco escutei 

e que me pareceu estar rindo 

de mim mesma

bem poderia ser Genaro... 

... rolando de rir de toda essa nostalgia 

...da minha estupidez e solidão.

***

Mas isso de homens que seguem vivendo 

em outras formas de vida

é coisa do budismo tibetano 

e não do xamanismo tolteca.

Para nós só há um caminho: 

O Caminho do Conhecimento 

na busca da Liberdade Total

Para nós só há um caminho: 

seguir vivendo a nossa busca

divididxs entre a Morte, a Águia e os ruídos do mundo;

***

impecável e impiedosamente tangidos 

pela ânsia da vida por si mesma 

e pela nossa tão humana estupidez e cegueira:

Não somos vida que se acaba e morre 

e não somos vida que continua

Nunca chegamos a nos conhecer 

e jamais poderemos nos reconhecer

Damos nomes ao visível desconhecido 

e ao  desconhecido invisível 

e tratamos como conhecido 

o que nos espreita, o que de nós se alimenta

e somos impecáveis 

na forma da não-piedade.

Sofremos as mesmas dores e angústias que sofreram 

os que hoje são nossos mestres

e não aprendemos nada do que eles nos ensinaram 

a não ser o que eles mesmos aprenderam.

Nosso caminho bem poderia chamar-se Caminho dos Sinônimos.

***

O verdadeiro Caminho do Conhecimento 

só Genaro o percorreu

e Zorba, O Grego

Zaratustra e Ramakrishna também.

***

Me parece que às vezes a Busca pela Liberdade Total 

é só uma falácia do conhecimento

um estratagema para não encarar o fato 

de que essa vida, 

intensa e mal vivida,  

se acaba um dia

como tudo baseado em oxigênio e carbono 

***

e se tudo se acaba um dia 

só Genaro 

e Zorba, 

e Zaratustra, 

e Ramakrishna 

puderam partilhar a vida 

com a própria vida

e não deixaram mapas ... 

e não pudemos ainda encontrar sinônimos...

***

Quando, momentos antes, terminei esse texto, percebi o silêncio ao redor de mim. 
Não havia mais os ruídos "do mundo do homem". 
Percebi o silêncio, novamente...

Afetam-me todos os ruídos humanos, todo o arsenal de sons feitos por máquinas terrestres e aéreas.
Enquanto voltei ao topo do texto, para a edição antes da publicação, só haviam os ruídos da natureza: os pássaros, o vento, toda a conversa da natureza consigo mesma e entendi que é a isso que chamo de "parar o mundo".
E percebi que, nesse instante, "o mundo parou" significa que os barulhos que envolvem toda a vida do homem são considerados "ruídos", não estão na ordem natural da nossa definição de mundo, são aquela parte que perturba, a que se refere à "forma humana".
Não nos inserimos no nosso próprio mundo. Nossos carros, aviões, máquinas, ruas, calçadas e avenidas, nossas linhas de transmissão e toda a parafernália que nos proporciona conforto e bem estar são nossa criação assim como também o são o paisagismo, o lugar que as coisas ocupam e tudo o que criamos para nos ajudar a cuidar de tudo o que existe e tudo criação das nossas inteligências (mental, emocional, racional, intrapessoal etc etc). 
Ainda assim a criação não nos contém... e nós a contemos em nós?

Eis aqui a atração do Caminho do Guerreiro: 
nos encontrarmos enquanto pertencentes, enquanto viventes, enquanto existentes num lugar que já existia antes de chegarmos, num globo azul flutuante que teve início de alguma maneira, em algum tempo e que, por que tudo que conhecemos uma hora ou outra finda, acaba, termina, se extingue, também por esse processo passaremos como já vimos outros passarem e, uma hora ou outra algo acontecerá e estaremos diante do incognoscível e não mais caminharemos por esse tão conhecido chão, estaremos no "outro mundo" e como pessoas impecáveis na "loucura controlada" ...

***

"Aqui é o Todo. Lá é o Todo. 
Dividindo o Todo o Todo ainda resta. 
Separando o Todo, do Todo nada resta. 
Mistérios são mistérios do Todo. 
E a Ele nada acrescentam. 
Tirando do Todo todos os mistérios o que resta é: 
O Todo e os mistérios."

sábado, 21 de julho de 2018

ABC do Espiritismo - CONSCIÊNCIA & REENCARNAÇÃO

Os Corpos da Consciência e a Reencarnação Integral


Evolucao Em Dois Mundos


Corpos da personalidade:

O corpo físico: se encontra na terceira dimensão, é o mais lento e denso dos corpos. É composto de matéria nos estados sólido, líquido e gasoso. Com ele a consciência atua no plano físico, e por necessitar de atenção e cuidados contínuos, pode desviar a atenção da mesma sobre a existência dos demais corpos.

O corpo energético ou duplo etérico: Se encontra na quarta dimensão, é uma duplicata do corpo físico, composto de um padrão de energias mais sutis. O duplo permeia todo corpo físico e possui duas funções principais: 
  • absorver energias proveniente do sol (o prana), e enviá-las para todas as partes do corpo físico, abastecendo-o de reservas energéticas. 
  • Servir de interface entre o corpo físico e o corpo imediatamente superior a este, ou seja,o corpo emocional ou perispiritual, tornando possível a troca de informações entre esses planos.
O corpo emocional, perispírito ou corpo astral: se encontra na quinta dimensão, é o corpo responsável pelas nossas emoções. Cada indivíduo atrai e alimenta constantemente esse corpo com as energias emocionas com as quais se afina habitualmente. Esse corpo é o responsável pelas doenças psicossomáticas.

O corpo mental inferior: encontra-se na sexta dimensão, é o responsável pela atividade do pensamento do ser humano. Através deste corpo, elaboramos raciocínios e aprendemos novas informações relacionadas ao mundo concreto e objetivo. As doenças mentais se apresentam neste corpo.

Os corpos da alma são:


O corpo mental superior ou corpo causal: se localiza na sétima dimensão, é um corpo mais sofisticado e permanente que os anteriores. Ao longo das vidas sucessivas e simultâneas, funciona como repositório de todas as informações e experiências pluri-encarnatórias do ser humano. Este corpo não possui a mesma forma dos outros corpos. Sua aparência é a de um ovoide de energia pulsante.


O plano causal é a região onde o ser humano pode alcançar a noção do que seja real e do processo de evolução que abrange toda a humanidade. São poucas as pessoas que acessam esse plano e nele podem captar informações sobre sua origem e a finalidade da existência.

O corpo átmico: fica na oitava dimensão e tem a função de armazenar e fazer funcionar todas as leis evolutivas da alma.

O corpo búdico: se localiza na nona dimensão, e representa a parte criativa da alma; é ativado pelo sentimento da fé e do amor.

O corpo espiritual: fica na décima dimensão, irá absorver a consciência total; é o único corpo que vai restar quando não precisarmos mais reencarnar.



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quinta-feira, 21 de junho de 2018

SEM COMPROMISSO COM A CONTINUIDADE

 "
- Seu senso de continuidade, de tempo, só o torna tímido - disse Don Juan. E continuou:

- Nesses termos, seu atos não podem ter o discernimento, o poder e a força compulsiva que tem os atos de um homem que sabe que está travando sua última batalha na terra. Em outras palavras, sua continuidade não o torna feliz nem poderoso, só o torna tímido.

- E é tão terrível assim ser um homem tímido?

- perguntei à Don Juan.

- Não. Não é se você é um imortal e vai viver para sempre, mas, se você vai morrer, não há tempo para timidez, simplesmente porque esta o leva a agarrar-se a alguma coisa que só existe em sua imaginação. 

Carlos Castañeda, "Viagem a Ixtlan"

sábado, 28 de abril de 2018

Xamanismo e Loucura Controlada





CAPRA: Uma das questões mais enigmáticas e intrigantes de todo o campo da medicina, para mim, é esta: O que é doença mental? 


GROF: Muitas pessoas são diagnosticadas como psicóticas não com base em seu comportamento ou inadaptabilidade, mas com base no conteúdo de suas experiências. Alguém que é perfeitamente capaz de lidar com a realidade cotidiana, mas que vive experiências muito insólitas, de um tipo místico ou transpessoal, pode acabar recebendo eletrochoques (...) O que me fascina é que até mesmo as culturas xamanísticas não toleram todo tipo de comportamento. Elas sabem o que é uma transformação xamanística e o que é ficar louco. 

LOCK: Sim, sem dúvida. Também há loucos nas culturas xamanísticas, 

GROF: Há, na antropologia contemporânea, uma forte tendência para identificar a chamada “doença xamanística” com a esquizofrenia, a epilepsia ou a histeria. Diz-se freqüentemente que não há psiquiatria nessas culturas primitivas não científicas, e assim muitos pensamentos ou padrões de comportamento bizarros e incompreensíveis são interpretados como sobrenaturais ou sagrados. Isso simplesmente não é verdade. Os xamãs verdadeiros têm de ingressar nos domínios incomuns da experiência e depois voltar para integrá-los à realidade cotidiana. Eles têm de mostrar que sabem agir de maneira adequada, e até mesmo superior, em ambos os domínios. Um bom xamã está a par de tudo o que acontece na tribo, possui grandes habilidades interpessoais e é muitas vezes um artista criativo. 

LOCK: Sim, e ele tem de usar os símbolos da sociedade. (...) Eu acredito de fato que existe algo que é doença mental. Em toda cultura, há certas pessoas incapazes de comunicar até mesmo suas necessidades mais rudimentares. 

CAPRA: Então o contexto da sociedade é decisivo para a idéia de doença mental? 

LOCK : Sim, absolutamente. 

(...) 

DIMALANTA: A questão não é se podemos entrar na psicose, e sim se podemos entrar e sair dela. Veja bem, todos nós podemos ficar um pouco loucos de vez em quando. Isso nos dá uma perspectiva diferente de nosso pensamento linear, o que é algo muito excitante. E nos torna muito criativos. 

LOCK: E esse é também o critério para um bom xamã. Alguém que pode controlar a experiência dos estados alterados de consciência. 

CAPRA: Podemos então dizer que parte da doença mental é a incapacidade de usar símbolos corretos em sociedade. Não se pode dizer apenas que isso é culpa da sociedade. Há efetivamente algo com que o indivíduo não consegue lidar.

DIMALANTA: Certo.

LOCK: Definitivamente.

DIMALANTA: Concordo com Carl Whitaker, que distingue três espécies de loucura. Uma delas consiste em ser levado à loucura numa família, por exemplo. Outra é agir feito louco, o que todos nós fazemos às vezes, e que é bastante excitante se soubermos entrar e sair desse estado. A terceira é ser louco, que é quando não se tem controle sobre isso.

SHLAIN: Não gosto muito da palavra “louco”. Para mim, ser louco, ou esquizofrênico, significa estar fora de contato com a realidade, com esta realidade, neste momento. Quando você é levado à loucura, está reagindo de maneira inapropriada mas não está em outro mundo. Acho que devemos ser bastante estritos no modo como definimos esquizofrenia e doença mental grave. De outra forma teremos de falar sobre o que é uma reação apropriada e o que é uma reação inapropriada, e isso se torna tão vago que não seremos capazes de enfocar coisa alguma.

CAPRA: E por isso que Tony distingue entre ser levado à loucura e ser louco.

SHLAIN: Certo, mas ele afirma que alguém pode enlouquecer e voltar sem problema algum. Isso significa apenas agir como louco, no sentido coloquial da palavra, ou efetivamente perder o contato com a realidade?

DIMALANTA: O que quero dizer com agir como louco é a capacidade de ir além das normas sociais. Há muitas maneiras socialmente aceitáveis de agir como louco. 





Resultado de imagem para Sabedoria Incomum Por Fritjof Capra




texto: https://books.google.com.br/books

imagens: Search Google